sábado, 20 de fevereiro de 2010

Transfenix

Era manhã manhã cinzenta de segunda-feira, quando o rapaz viu que o tempo não passava, seu despertador não tocava, quando finalmente venceu a preguiça e abriu os olhos viu saindo de seu corpo uma luz.

Ao terminar de se olhar, o pacato cidadão se deu conta que virara um Fênix, imortal ave. Aquela toda beleza mística de mistura de vermelho e dourado havia parado naquele pobre corpo trabalhador, primeira reação foi lembrar do que já havia estudado sobre diversas mitologias por fim lembrou que ela renascia do fogo e também sua alimentação: mirra, ave magia!

Quando parou de puxar o passado, deu uma olhadela para o despertador e se dera conta conta que tinha quinze minutos para racionar. E uma imagem lhe passou pela cabeça: não podia sair assim, não pela curiosidade dos humanos, a não ser sua própria, ou então morreria e perdia sua imortalidade, ave pura!
Um desespero correu pelas plumas reluzentes, se não sair para trabalhar sua família ia virar caveira, mas se saísse morria, maldição da Fênix repleta de dores. Com seu bico soltou um pio doloroso que estremeceu o quarto.
Ao se olhar novamente aquelas luzes lembrou Fernão Capelo Gaivota, morreu por querer ser diferente, ao chegar no paraíso pôde voar, além de ter luzes pratas. Queria voar, não podia, queria morrer mas era eterno.
Ao cair da noite sentiu um arder agradavel, estava queimando-se, mas viu-se no Templo do Sol, lugar sagrado das Fênix. Ao voltar viu que agora estava azul e prata!
Porém sua esposa e seu filho regressam de uma viagem ao ver a linda Fênix, aprisionaram em uma gaiola, instinto humano, ter posse do raro...
Para o rapaz não havia esperança do amanhã. Mas um novo ser estava pronto para expelido, uma nova fênix, continuação do mito.
Mas ali não podia ser! Morte da lenda, na certa!
Como se sabem o coração quando quer realiza! Pai e filho vagaram mundo em forma de espírito largando seus corpos na gaiola vazia...

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